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Henri Bon. Um suíço no Brasil do XIX

Henri Bon. Um suíço no Brasil do XIX

“A imigração suíça de 1819-20 e, depois, em 1824, a alemã para a colônia de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, criada para esse fim em 1818, ocorreram em um momento de instalação da lavoura cafeeira no vale do Paraíba, no qual Cantagalo se insere. Com fronteira agrícola aberta ao cultivo e com população indígena residual, muitos colonos deixaram a fria colônia de Nova Friburgo e se dirigiram para as “terras quentes”, não só de Cantagalo, mas também da serra de Macaé e regiões vizinhas, plantando café e adquirindo escravizados. Henri Bon, personagem em destaque deste livro, não chegou nessa primeira leva, mas é tributário dela, porque fez uma travessia solo, em 1826, direto para Cantagalo, investindo imediatamente no cultivo do café e na compra de pessoas. O autor, Henrique Bon, herdou um tesouro: familiares e amigos se corresponderam por décadas com o calvinista Henri Bon, tudo em francês e tudo conservado pelo pioneiro, uma raridade documental, agora apresentada e explorada pelo pesquisador em mais uma incursão de fôlego pela história.

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Para retirada no local, entrar em contato com: (22) 98112-6764 ou editoracantagalo@gmail.com.

MULHERES NEGRAS EM PERSPECTIVA (IMPRESSO)

Mulheres negras em perspectiva
Sheila de Castro Faria e Adriana Dantas Reis (orgs.)
Impresso

A coletânea apresenta pesquisas sobre as mulheres negras produzidas nos últimos anos, de origem acadêmica, é verdade, mas adequadas para apresentação a um público mais amplo. Quase sempre partindo de trajetórias individuais, microanalíticas, as mulheres negras tornam-se visíveis e inseridas em enfoques ou hipóteses mais gerais. Nascidas na África, denominadas de nagô, jeje, mina, angola, congo, benguela, etc.; nascidas no Brasil, indicadas como crioulas, mulatas, pardas, têm em comum terem vivido em uma sociedade também etnicamente diversificada, mas hierárquica e desigual. Algumas tiveram experiências atlânticas, muitas vezes contra sua vontade, inclusive passando por Portugal. Outras, nunca saíram da África. Mais algumas nasceram, viveram e morreram no Brasil. Traços de suas trajetórias transparecem e são interpretados através do olhar atento de pesquisadoras/es, com metodologias e leituras teóricas diversas, para alcançar suas experiências e suas identidades. Exercitar a alteridade pode ser uma das experiências de leitoras e leitores destes textos, ou pode servir para ampliar as cenas de pesquisadoras/es sobre as relações escravistas em realidades e espaços diversos, do século XVII ao final do XIX.

A EUROPA NO ANTIGO REGIME: UMA VISÃO PLURAL. DO RENASCIMENTO À REVOLUÇÃO FRANCESA (IMPRESSO E EM E-BOOK)

A Europa no Antigo Regime: uma visão plural. Do Renascimento à Revolução Francesa
Ronaldo Vainfas
Impresso e e-book

“O Antigo Regime é a Idade Média em ruínas”, escreveu Alexis de Tocqueville no século XIX. Não há dúvida de que o medieval agonizava. Com a velha cristandade, rompida pelas Reformas. Com a aura divina dos reis, questionada pelo contratualismo. O Antigo Regime também vivenciou o apogeu da caça às bruxas e aos homossexuais; foi cenário de intolerância e exclusão. Sociedade de privilégios, não de direitos. Seu lema: “desiguais perante a lei”. Por isso, a maior das ruínas foi a do feudalismo e a da servidão dos povos. Ronaldo Vainfas analisa criticamente a produção do discurso histórico sobre o período moderno europeu. Discute os “grandes temas”, como os conceitos básicos e a periodização tradicional, e critica a ideia de ter sido considerada uma época de transição entre o feudalismo e o capitalismo, circunscrevendo e debatendo o sentido de “moderno”. O livro, um “manual universitário, mas sem a obsessão informativa característica dos velhos manuais”, nas palavras do autor, explora assuntos como Renascimento, Reformas, Inquisição, absolutismo e revoluções. Oferece ao leitor, seja especialista ou leigo, uma análise provocante de uma sociedade estamental, porque desigual e excludente. Em tempos de pouco estímulo ao debate de ideias e de apreço ao contraditório, temos em mãos uma contribuição instigante e corajosa para nos ajudar a pensar sobre o passado e o presente

JUSTIÇAS E FRACASSOS EM XEQUE - MÉTODO E PESQUISA EM CONVERSAS DE HISTORIADORES (IMPRESSO E EM E-BOOK)

Justiças e fracassos em xeque - método e pesquisa em conversas de historiadores
Daniela Buono Calainho e Rodrigo Bentes Monteiro (orgs.)
Impresso e e-book

Como as historiadoras e os historiadores fazem suas pesquisas? De que forma as investigações particulares se articulam a grandes projetos coletivos? É possível lidar com a tradição e com novas perspectivas historiográficas? A leitora e o leitor encontrarão aqui depoimentos, impressões e posturas epistemológicas, tudo feito em tom de conversa, aspectos nem sempre verbalizados com clareza nos capítulos de livros e em artigos de revistas acadêmicas. As entrevistas revelam a expertise de cada historiadora e historiador em relação aos temas preferidos, bem como sobre seus procedimentos de pesquisa. Neste livro, encontram-se o trabalho com as fontes e os arquivos, a busca necessária de erudição, o apoio de governos à produção científica, questões de gênero, a história intelectual ou conceitual, a divulgação da pesquisa histórica, o método comparativo, projetos de cunho global em contraposição a historiografias nacionais, a relação entre pautas afirmativas e pesquisa histórica, a recepção de obras clássicas entre os modernos, a revisão de paradigmas de explicação, dentre outros. Tudo isso através de casos muito concretos de pesquisa e reflexão. De pouco valem as descobertas e as posturas acadêmicas, se não forem partilhadas com um público mais amplo, sem perderem o rigor teórico e metodológico que as caracteriza. Justiças e fracassos em xeque mostra o vigor desse grupo de pesquisa, capaz de se reinventar em momentos tão difíceis.

MÃO DE LUVA E AS NOVAS MINAS DE CANTAGALO
(IMPRESSO E EM E-BOOK)

Mão de Luva e as Novas Minas de Cantagalo
Sheila de Castro Faria e Anderson José Machado de Oliveira (orgs.)
Impresso e e-book

O livro Mão de Luva e as Novas Minas de Cantagalo oferece uma visão profunda e reveladora sobre a figura histórica de Manoel Henriques, mais conhecido como Mão de Luva. Longe de ser apenas um fora da lei ou um nobre romântico inventado há tempos, Mão de Luva é apresentado como uma peça da engrenagem que fazia funcionar um importante esquema da economia colonial do século XVIII, porque envolvido nas práticas de descaminho do ouro. A obra, escrita por renomados historiadores, desconstrói mitos e explora o papel multifacetado de Mão de Luva na extração clandestina de ouro, revelando suas ligações com autoridades metropolitanas e eclesiásticas, inclusive com denúncia à Inquisição portuguesa, além de uma profunda inserção no universo indígena no sertão da capitania do Rio de Janeiro e fronteira à de Minas Gerais. Com narrativa baseada em fontes coevas, o livro também desvenda as rotas e as práticas para driblar o controle da metrópole por décadas, além de abordar o povoamento do que era então denominado de Sertões de Macacu, ampla região hoje dividida em vários municípios. Fruto de uma extensa pesquisa documental, a obra oferece aos leitores uma viagem fascinante pelo Brasil colonial e pela história de Cantagalo, alçando Mão de Luva a uma posição de destaque na historiografia. Recomendado para estudiosos, historiadores e amantes da história, Mão de Luva e as Novas Minas de Cantagalo vai além das lendas e reconstrói, com rigor acadêmico, a vida e as ações de um dos mais intrigantes personagens do Brasil colonial.

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