“O Antigo Regime é a Idade Média em ruínas”, escreveu Alexis de Tocqueville no século XIX. Não há dúvida de que o medieval agonizava. Com a velha cristandade, rompida pelas Reformas. Com a aura divina dos reis, questionada pelo contratualismo. O Antigo Regime também vivenciou o apogeu da caça às bruxas e aos homossexuais; foi cenário de intolerância e exclusão. Sociedade de privilégios, não de direitos. Seu lema: “desiguais perante a lei”. Por isso, a maior das ruínas foi a do feudalismo e a da servidão dos povos. Ronaldo Vainfas analisa criticamente a produção do discurso histórico sobre o período moderno europeu. Discute os “grandes temas”, como os conceitos básicos e a periodização tradicional, e critica a ideia de ter sido considerada uma época de transição entre o feudalismo e o capitalismo, circunscrevendo e debatendo o sentido de “moderno”. O livro, um “manual universitário, mas sem a obsessão informativa característica dos velhos manuais”, nas palavras do autor, explora assuntos como Renascimento, Reformas, Inquisição, absolutismo e revoluções. Oferece ao leitor, seja especialista ou leigo, uma análise provocante de uma sociedade estamental, porque desigual e excludente. Em tempos de pouco estímulo ao debate de ideias e de apreço ao contraditório, temos em mãos uma contribuição instigante e corajosa para nos ajudar a pensar sobre o passado e o presente.
Livro
A Europa no antigo regime uma visão plural : do renascimento à revolução francesa
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